27 de fevereiro de 2011

Sistema de Mentiras-Grito Rock Novo Hamburgo-26/03

        “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” (Che Guevara).
         Fim de 2003: forma-se o SxDxMx com a proposta de mesclar nossas principais influências musicais e logo viver o underground da forma mais intensa e verdadeira! Também visando à substituição de velhos hábitos e rotinas por atividades e modo de vida, em ligação com o Hard Core e o underground em geral! Após diversas trocas de formação e dois registros lançados (a demo “Violência Canalizada” e o EP “Utopia Social”), finalmente com uma formação segura e estável, há a preparação para o lançamento do primeiro disco oficial da banda, que contará com 09 faixas inéditas, verdadeiras misturas de Hard Core com Metal, valorizando muito as letras extremamente positivas, cujo todo evidencia que estamos sempre buscando a sinceridade com toda a honestidade no fazemos!

Local: Campo Bom-RS

Integrantes: Max C. Beck, Alexandre Nardes e Marcelo Schelle

Link: www.myspace.com/sistemaementiras



Megadrivers-Grito Rock São Leopoldo-25/03

        Desde 2003 bagunçando a capital do Rio Grande do Sul, a Megadrivers hoje é uma das bandas mais significativas do sul do Brasil influenciada pelos anos 90.
        Trabalhando no seu primeiro álbum pelo selo Sub Folk, logo veremos o resultado dessa mistura barulhenta.
        "A Megadrivers não tem um momento certo de início. Foi sendo gerada aos poucos, e surgiu como uma explosão. De repente foi possível conhecer o resultado de sua gestação. Rock? Talvez não seja só isso. Liberdade de experimentação, sem medo de fazer. Álcool & Piração, a eterna sensação de ser um adolescente inconsequente... sei lá. Um velho amigo disse:
        - A tua banda é um estupro. Deixemos então ser abusados. E isso é a Megadrivers. "

Local de origem: Porto Alegre/São Leopoldo-RS

Integrantes: Mateus Berg - Guitarra e Vocal, Polyê - Baixo e  Momó Beleza - Bateria e Backing Vocals


Link: http://www.myspace.com/megadrivers



Capa do Grito Rock

Estamos (coletivo Feitoria) com o Grito Rock São Leopoldo (25/03) e o Grito Rock Novo Hamburgo (26/03) na CAPA do site do GRITO ROCK - destaque para a nossa programação.

www.gritorock.com.br

25 de fevereiro de 2011

Lokos D Bira-Grito Rock Novo Hamburgo-26/03

        A banda LOKOS D BIRA formou-se em junho de 2001. Desde seu início buscou criar suas próprias músicas, mesclando Rock, Blues,Punk e Psicodelia. Com letras escrachadas e diretas, visa trazer um pouco de loucura e diversão. Recentemente gravou mais um EP ,totalizando agora 18 musicas gravadas em fases diferentes da banda.


Local de origem: Esteio-RS


Integrantes: Gilson Loss, Marcelo Gonçalves - bateria e Ricardo Morais - guitarra.


Link: www.myspace.com/lokosdbira



Devisionsex-Grito Rock São Leopoldo-25/03

        Na primavera de 2009, os irmãos Nicácio(vocais e guitarra) e Geferson Braga(guitarra) convidam os amigos Mádger Barte(bateria) e Ronei de Souza(baixo) para fazerem parte da Devisionsex, banda com fortes influências em pós-punk, shoegaze, indie pop e space rock. Foi então, no inicio de 2010, que o tecladista Guilherme Peccini passou a integrar banda, trazendo uma nova nuance, com o sintetizador e seus ruídos delirantes. 
A banda abre a agenda de shows e aposta no lançamento do EP "A Conquista do Espaço", bem como no disco ainda para o primeiro semestre de 2011, prometendo muito barulho e ótimas melodias. 
        Os temas tratam de crises existenciais e de retratos da dificuldade de lidar com os novos sentimentos que surgem ao lado do estilo de vida, que sendo moderno e prático, também se torna por vezes apressado e frio. 
        A banda, embalada por essa nova formação, finaliza o primeiro disco e já trabalha em novas canções. 



Local de origem: Novo Hamburgo-RS


Integrantes: Nicácio Braga - voz e guitarra base, Geferson Braga - voz e guitarra solo, Ronei Souza - contra-baixo e vocal de apoio, Guilherme Peccini - sintetizadores e Mádger Barte - bateria.


Link: www.myspace.com/devisionsex





24 de fevereiro de 2011

Change Your Life-Grito Rock Novo Hamburgo-26/03

        Como qualquer outra banda, a Change Your Life surge daquela tradicional reunião de amigos. Era meados de novembro ou outubro de 2009, e fazia frio em Porto Alegre. Há poucos dias acabávamos de organizar a tour da banda Resto de Feira pelas terras gaúchas e aí decidimos tirar do papel aquela velha ideia de se ter um conjunto de música rápida, letras positivas e de protesto. 

        Mesmo sendo uma banda nova, com pouco mais de um ano, a CxYxLx já possui um certo ‘’respeito’’ nisso que algumas pessoas chamam de cena. Seja tocando em outras bandas, editando e/ou colaborando para fanzines, trocando carta-social, organizando shows, produzindo e dirigindo filmes “alternativos”, etc. 
       O embrião da CYL começou a ser formado por Guilherme (Cu Sujo), e passou a tomar forma com a convocação do então baixista Gustavo Insekto (ex-Scream Noise, Ornitorrintocos e Facão 3 listras), Hugo( Ukrurku, terrorismo), carinhosamente conhecido como hugodzilla, e Wender. Mais tarde, por volta de abril e maio de 2010, Guilherme e Hugo resolvem sair da banda, dando espaço para Anão (ex-projeto desgracera) e Binho (ex-bisc8), assim a banda ganha mais velocidade, fazendo uma transição do grindcore para o powerviolence. No inicio de 2011, por questões ideologicas Binho resolve sair da banda, dando espaço para o novo baixista Jonas (ex-frësno). 
        Assim mantemos o barco ultimamente. Como diriam alguns amigos, "tudo é feito em aço e concreto" (Nunca Inverno) e nos mantemos firmes, acreditando nos nossos ideais e com amor e empolgação naquilo que fazemos e acreditamos ser o certo desse nosso meio de vida "anormal". 
        E como diria o nosso baterista, Anão, "estamos nessa do hardcore até o pescoço e agora não há como sair" 
        A história não para... 


Local de origem: Santo Antônio da Patrulha

Integrantes: Wender Zanon - Vocal, Gêison Anão - Batera, Gustavo Insekto - Guitarra e Jonas Dallacorte - Baixo.

Link: http://tramavirtual.uol.com.br/changeyourlife







Bleff-Grito Rock São Leopoldo-25/03

       Sabe aquelas bandas que conseguem fazer um trabalho autoral misturando sonoridades tão diferentes e, ao mesmo tempo, bacanas? Pois é, o quarteto leopoldense BLEFF é uma destas bandas: cria suas composições sobre a perspectiva de mesclar poesia, guitarreiras espaciais, pop e indie rock. A BLEFF vem se afirmando, desde 2002, como uma grande articuladora junto ao “circuito independente” (através dos coletivos de produção). 

        O segredo da respectiva banda é “simples”: belas melodias, riffs ganchudos, punch instrumental, hits pegajosos, letras intelectualizadas com muita carga de subjetividade e jogos de palavras, entre outras abordagens. Tudo isso é executado num pop 80 distorcido em língua portuguesa e intitulado com o jargão de rock gaulês. Além disso, suas composições são formatadas com harmonias e arranjos que criam uma atmosfera peculiar que embora não diretamente, se conectam a influências como Mutantes, Legião Urbana, The Cure, Sonic Youth... 


Entre os registro fonográficos: 
- A Vida em Preto e Branco (Bleff), 2005 – Independente.
- Safra Capilé (coletânea), 2006 – Plus Records (RS)
- Um Café pra Nós (coletânea nacional), 2006 – Hrecords (SP)
- Bonifrate (Bleff single), 2008 – Independente.
- Som Léo (música MZT), 2008 – Secretaria Municipal de Cultura.
- Enquanto esqueço você (BLEFF – single), 2009 – Independente.
- A Chave do som (coletânea), 2010 – A chave do som. 



Local: São Leopoldo-RS


Integrantes: Evandro Cabròn - guitarra, Júnior Garcia - voz e guitarra, Toco Cavalheiro - baixo e Tiago Fandango - bateria.


Link: http://www.bleff.blogger.com.br

Começa a maratona Grito Rock 2011 no SUL do país

Holá!
Nesse final de semana promete ser intenso. É o "start" para as edições do Grito Rock 2011 do estado do Rio Grande do Sul. Lembrando que em São Leopoldo nosso GR ocorre no dia 25/03 e em Novo Hamburgo 26/03.

Grito Rock ESTEIO/RS - Domingo 27/02. Paralelamente: reunião rede Metrô Rock.
Grito Rock Pelotas/RS - Entre sexta-feira (25/02) até domingo (27/02)

23 de fevereiro de 2011

Éden Bordel-Grito Rock São Leopoldo-25/03

Maio de 2009
        Guilher, foragido, já não vê para si um futuro promissor. Sem pensar muito, então, decide acabar com toda a dificuldade. Do alto de um arranha-céu, ele grita "Adeus!" com todas as suas forças. Prestes a pular, porém, ele a vê. A mulher dos sonhos. Sensualmente, ela caminha até ele e diz: "Você ainda pode vencer." Um beijo. Um clarão - a mulher some. 
         Desnorteado, Guilher se volta para trás. Três garotos - arruaceiros com guitarras - o encaram com olhares brilhantes. Yuri, Iann e GB: eles têm um piano. 

Presente

      Uma série de eventos extraordinários atinge o Rio de Janeiro. Roupas rasgadas, cabelos desgrenhados, risadas ensandecidas. Mulheres, dinheiro, promessas e muita, muita mentira. "Bem-vindos!" gritam os garotos. Bem-vindos ao Eden Bordel. 


Local: Rio de Janeiro-RJ


IntegrantesIann Tomé - Bateria, GB - Guitarra, Yuri Tomé - Guitarra e voz e Guilher Wolfang - Baixo


Myspace: http://www.myspace.com/edenbordel




A Quarta Parede-Grito Rock São Leopoldo-25/03

         Tudo começou numa cidade estranha, com uma banda estranha, com música estranha, de nome estranho, chamada Vermnue. A dificuldade em pronunciar o nome da banda era comum mesmo entre os integrantes da banda, além de as pessoas torcerem o nariz ao ouvirem o mesmo. Por isso, era preciso encontrar outro nome para a banda. Se esse foi o motivo pelo qual Vermnue passou a chamar-se A Quarta Parede é difícil de se afirmar com exatidão. O fato é que o som da banda estava mudando e com ele sua identidade e a de seus integrantes naqueles meses de 2008. A corrida pelo novo nome teve início em abril daquele ano e envolveu muita discussão, faíscas e farpas voaram para todos os lados e teve até a ajuda de Tom Zé e sua esposa, Neusa. 
        Em maio de 2008, a banda passou a se chamar A Quarta Parede – havia em seu repertório uma canção autoral de mesmo nome que inspirou a mudança. Nessa época, a AQP era formada por Fábio Sexto no violão e voz, Gladson Targa no baixo e contava com o pandeiro de Vinícius Werner, a voz e a flauta de Natalia Bermudez e a percussão de Gabriela Bruel – as duas hoje formam o quinteto Sincopé.   
        Em outubro de 2009, a AQP encontrou-se com Virgílio Milléo, do estúdio AudioStamp, e acertaram os ponteiros para a produção de seu primeiro CD, intitulado Vermelho. Seriam gravadas seis músicas, porém os custos com a produção e o tempo cada vez mais escasso para as gravações, levaram a banda a retirar duas músicas do disco, transformando-o em um EP com quatro músicas. Embora o clima das gravações tenha sido tenso – muitas mudanças estavam ocorrendo com a banda e seus integrantes naquele momento – a qualidade da captação e a produção de Virgílio Milléo surpreenderam a todos. Infelizmente, antes do final das gravações, a banda dissolvel-se devido à pressões internas – criadas, principalmente, por Gladson. Deixaram a banda Vinícius, Gabriela e Natalia. 
        Os dois integrantes remanescentes da tempestade, Gladson e Fabio Sexto, decidiram dar continuidade ao trabalho e reestruturaram a banda, que voltou ao estúdio para terminar as gravações e a mixagem. Marcel Cruz, Iria Braga e Leandro Leal participaram desses últimos momentos no estúdio AudioStamp. Terminadas as gravações – quase um ano depois –, a AQP voltou-se para os ensaios com a nova formação da banda para o projeto Gravando Curitiba: o pandeiro e percussão de Marcel Cruz e a bela voz de Ingrid Boy. 

        Após completar a agenda do projeto Gravando Curitiba (participação no Programa UPLOAD, da Transamérica; Pocket show na FNAC do Park Shopping Barigui; Show no Teatro Universitário de Curitiba [TUC]), a AQP concentrou-se no lançamento do EP Vermelho, confeccionando os discos um a um com a ajuda de companheiros especiais da banda.           
        No dia 16 de novembro, a AQP fez um show de lançamento para o EP no bar Wonka, com apresentação do grupo AfStand, com o público pedindo bis.
        No fim de 2010, Ingrid e Marcel partiram para outros projetos e a AQP chamou o baterista e percussionista André Peruca para a dura tarefa de transferir os ritmos criados no pandeiro e na percussão durante 2 anos para suas baquetas.  
        No início de fevereiro de 2011, a AQP voltou a contar com a voz e a flauta de Natalia Bermudez, para felicidade geral da nação aquêpista. 
        Em 2011, a AQP assina a trilha sonora do curta-metragem "3min", de Juliano Antoceveiz, ainda sem previsão de lançamento. 



Local: Curitiba-PR

Integrantes da banda: Fabio Sexto (violão, voz), Gladson Targa (baixo), André Peruca (percuteria) e Natalia Bermudez (voz, flauta).


Atrações Grito Rock 2011 (São Léo e NH)

Caríssim@s,
é com muitíssimo prazer que compartilhamos as atrações sonoras (bandas) que estarão no Grito Rock São Leopoldo (25/03) e Grito Rock Novo Hamburgo (26/03). O coletivo Feitoria recebeu (através do portal Toque no Brasil) em torno de 300 inscrições – de bandas das mais diversas localidades e estilos. A curadoria se debruçou em um árduo trabalho, nossa equipe de planejamento articulou as estruturas e podemos nesse momento nominar os shows. Informamos que em poucos dias, teremos detalhes (especiais) sobre cada uma das atrações que estarão nos nosso palcos.


São elas:
A Quarta Parede (Curitiba / PR)
Bleff (São Leopoldo / RS)
Change Your Life (Canoas / RS)
Devisionsex (Novo Hamburgo / RS)
Edém Bordel (Rio de Janeiro /RJ)
Lokos d´Bira (Esteio / RS)
Megadrivers (São Leopoldo / RS)
Sistema de Mentiras (Campo Bom / RS)
Undermine Enemies (Gravataí / RS)
Where I Belong (Jaguará do Sul /SC)
ZeroDoze (Porto Alegre / RS)

22 de fevereiro de 2011

REUNIÃO: Fórum dos Músicos de SÃO LEOPOLDO

REUNIÃO do Fórum dos Músicos de São Leopoldo

Terça-feira, 01 de Março/2011

Horário: 19:30

Local: Auditório da Celic (junto à Secretaria Municipal de Cultura – Rua Lindolfo Collor, 439, 5º andar - Centro)

PARTICIPE!
Toda a diversidade sonora de São Leopoldo dialogando em um mesmo espaço!
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Pauta:

* Eleições de uma nova diretoria;
* Informes gerais.
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Contatos:
F: 84122532
forum.musicos.sl@gmail.com

21 de fevereiro de 2011

CONCERTO

Sábado 26/fevereiro às 20h
Local: Praça 20 de Setembro (Centro São Leopoldo/RS)
ENTRADA FRANCA!

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Prefeitura de São Leopoldo apóia Concerto Musical Duratex
Evento é uma alternativa à programação carnavalesca do município

A Prefeitura de São Leopoldo, através da Secretaria Municipal da Cultura é apoiadora do evento da Duratex que trará para a cidade o concerto com o Maestro João Carlos Martins e Orquestra Filarmônica Bachiana SESI-SP. A apresentação é gratuita e ocorrerá no sábado, 26/02, às 20h, na Praça 20 de Setembro (Praça da Biblioteca – Rua Osvaldo Aranha, s/n°) ela é uma alternativa ao calendário carnavalesco do município.

Toda a estrutura física necessária para receber o concerto será disponibilizada pela Prefeitura Municipal. Palco, som, iluminação e camarins especiais serão montados para abrigar os músicos que apresentarão em São Leopoldo o melhor da música erudita. O Secretário da Cultura, Pedro Vasconcellos, comemora a parceria público-privada firmada para o evento. “De modo geral essas parcerias são de grande importância, pois garantem o acesso da população às múltiplas culturas de nosso país”, ressalta Pedro. No dia do evento haverá coleta de livros para o acervo da Biblioteca Pública Municipal.

O concerto de São Leopoldo, cidade que abriga unidade da Duratex, abre as comemorações dos 60 anos da empresa. Ela é a única cidade da região metropolitana a receber a Filarmônica Bachiana SESI-SP, que se apresentará ao lado de músicos do Rio Grande do Sul já regidos por João Carlos Martins nos dois últimos anos. Na ocasião o maestro irá reger Mozart, Beethoven e Bach e no final, ao piano, fará um tributo a Ennio Morricone sob regência de Sergei Eleazar de Carvalho, que segue a carreira do pai, um dos mais importantes maestros brasileiros.

17 de fevereiro de 2011

LOGO Coletivo Feitoria

Eis o nosso novo (e definitivo quem sabe...) logotipo do coletivo Feitoria. Após inúmeros debates, discussões, criações de concepções chegamos nesse modelo. O núcleo de comunicação trabalhou arduamente e possibilitou a oferta de inúmeras opções aos coletivados para escolhermos um dentre a multiplicidade.

Parabéns a todo o grupo, mas principalmente a Poly e Mateus que refinaram o material e traçaram esse exemplar!

Abaixo segue, para apreciação, o logotipo escolhido:

15 de fevereiro de 2011

TERÇA SANTA

Convite do amigo Jari da Rocha
http://texticulosdojari.blogspot.com


Hoje às 21h rola mais uma edição do sarau "TERÇA - SANTA" - perpassando todos os 7 Pecados Capitais.
Muita música, leitura, debates... Encontros semanais toda as terças no SATOLEP (pub) em São Leopoldo/RS
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A Ira

Parece que o pecado da Ira, o terceiro na ordem dos 7 pecados capitais, tinha um objetivo claro de manter o povo cordeiro, comportado. E, se é verdade que para o clero e a monarquia a Ira não era considerado pecado, também é verdade que o povo pecava pra cacete.

Há quem diga que a Ira serve para adquirirmos certo respeito – aquele que, de fato, não temos – e também que há vantagens em nos mostrarmos irados. Há quem diga que um ataque de nervos nada mais é que um ataque de bichice e há os que dizem: “ quando perco a cabeça... sai de perto!!!” É engraçado imaginar alguém falar, com certo orgulho, que não tem controle sobre si próprio.

Só conseguimos entender um pouco mais a Ira quando batemos com o a canela num pé de mesa, quando o sinal fecha por causa da anta da frente que estava procurando algum endereço, quando nos sentimos injustiçados ou, simplesmente, quando acordamos com as guampas tortas. Motivo é o que não falta e só o que muda é a nossa capacidade de alcançar rapidamente a virtude deste pecado: a mansidão. Ser mais manso é a grande dica. Então, se você for traído(a) seja bem manso(a).

Mas, afora essas lorotas que você acabou de ler (e não ficou irado) o que dizem os grandes escritores sobre esse pecado? Como ele aparece nos grandes romances, nas crônicas e nos poemas? O melhor mesmo é Ir a próxima Terça-Santa para desvendar este pecado raivoso e gritão. Mas, venha mansinho.

8 de fevereiro de 2011

Ana de Holanda, D. João VI e o caso Creative Commons

Ana de Holanda, D. João VI e o caso Creative Commons

Entrevista que concedi a Leandro Uchoas, do jornal Brasil de Fato, sobre o caso envolvendo Creative Commons e o Ministério da Cultura.

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1. O que representa a retirada da licença Creative Commons do site do MinC?

A retirada da licença Creative Commons do site do MinC, de forma apressada, demonstra uma medida truculenta da ministra Ana de Holanda. Nada justifica a exclusão do símbolo da luta política pela socialização de conhecimento digital no site do MinC, quando isso não se faz dentro do espirito democrático do diálogo e da moralidade administrativa (o Creative Commons tinha um contrato com o setor jurídico do MinC). O MinC protagonizou avanços formidáveis com suas políticas culturais durante o governo Lula, e o abrigo da licença CC demonstrava que o ministério governava com os movimentos sociais da cultura digital ao seu lado. Veja, a base tecnológica que faz operar a totalidade dos pontos de cultura (que são mais de 4 mil no país) roda sobre licenças que reiventaram o direito autoral, em especial, o copyleft e o Creative Commons. Me pergunto onde a ministra estava nesses últimos anos que não tenha acompanhado toda complexidade que o mundo passa no campo da cultura digital, sobretudo o conflito aberto entre a inovação do mercado da cultura livre e as açōes proprietárias de Google, Facebook e todos os monopólio digitais. É claro que a retirada do selo CC demonstra o lado social onde se encontra, até o momento, a ministra Ana de Holanda: o da defesa irrestrita dos direitos autorais do século XX, cujo recolhimento e distribuição financeira para os autores, na prática, viabilizou toda a formação de uma indústria intermediária da cultura, facilitando a formação de monopólios industriais da cultura e o constrangimento de autores a regras de mercado que fizeram excluir toda uma geração formidável de autores, que se recusavam a obedecer as regras ditadas por esse capitalismo autoral. Então, na prática, o direitor autoral, tal como funcionava no século XX, operava dentro da lógica da “inclusão abstrata e exclusão concreta” do autor, isto é, o autor existia no direito, incluido como portador de toda criação do espírito. Mas, na prática, só era autor quem obedecia a indústria cultural, que era a verdadeira proprietária dos direitos. Abstrato no direito, exclusão concreta no mercado. O Creative Commons é até mais liberal do que o copyright puro-sangue defendido pela ministra, porque, ao permitir a flexibilização do direito (por meio de diferentes tipos de licenciamento), conjugado a existência de plataformas de distribuição de conteúdos na web, faz aquele autor “menor”, totalmente excluído do direito autoral do século XX, se conectar diretamente com o seus públicos ( ele decidir o que pode e o que não pode, e não uma indústria). E isso mobiliza novos arranjos produtivos da economia criativa, para usar o termo do novo léxico do MinC. Aliás, um léxico inventado pelos tucanos em épocas neoliberais no Brasil.

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2. Como o movimento de Cultura Livre está se organizando para se posicionar nesse debate?

A primeira reação foi a de susto, que desencadeou uma série de depoimentos na própria internet. Criação de blog protesto, viralização de críticas nas redes sociais, enfim, acionou-se a rede, que se viu mobilizada por atores de diferentes posiçōes políticas e de campos sociais díspares. Depois veio uma atuação junto ao próprio MinC, que não recebeu deputados do PT que cobravam uma justificativa plausível pelo fim da cultura livre no MinC. A ministra, ao contrário, recebeu um advogado ligado ao Ecad, uma instituição no qual ela tem ligação. O clima agora é de tensão, e não sei se será possível uma reconciliação. Agora toda mobilização, que é feita de modo público, se dá junto aos pontos de cultura e de artistas plugados à cultura livre, a fim de se estabelecer uma pauta comum de antagonismo a esse conservadorismo da ministra e que, sobretudo, faça o MinC reinserir a licença creative Commons em seu site. E, por outro lado, de maneira mais institucional, há uma pressão sobre o PT para que ele responda se essa gestão do MinC é de esquerda ou nao. Será o MinC dos trabalhadores ou não? Porque se nao há Cultura livre instalada no MinC significa que o PT defende um mundo em que o trabalhador se relaciona com o poder público através da formas jurídica “empresa”, isto é, defende que o direito autoral seja operado por apenas associaçöes e mega empresas, e nao um mercado que quem dita as regras são os próprios trabalhadores (artistas, jornalistas, produtores, designers, arquitetos, enfim toda uma gama ampla de gente que vive da cultura).

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3. Ana de Hollanda no MinC foi uma articulação do PT. A política que ela está adotando está em sintonia com o que defende o partido? Se não, como se explica a nomeação?

Eu nao sei responder pelo PT, que é um partido popular e cobrará uma postura pública da ministra, que, por enquanto, mandou “todos dizerem o que querem dizer” – um tipo de postura autoritária dissonante do histórico do PT. Mas um dia ela terá de enfrentar frente a frente esses movimentos, porque a função pública de ministra do Estado requer diálogo, convencimentos, práticas de diálogo e enfretamento aberto. Agora a nomeação da Ana facilita muito essa “cultura do Rio de Janeiro”, um modelo decadente do pensar e do fazer política cultural. Um modelo que combina “classe artística” com indústria cultural (que a ministra, usando eufemismo, chama de industria criativa). O Rio de Janeiro é o único lugar onde a cultura independente não vigora sem passar pelo filtro dos grandes grupos de comunicação e cultura. Isso por quê? Porque há ali um aristocracia alimentada por uma promiscuidade entre artistas e a mídia dos direitos autorais. Esse modelo cria um represamento da potência criativa da cidade. E o MinC do governo Lula rompeu com esse “Rio de Janeiro” para pactuar com um outro “Rio de Janeiro”, o do funk, do hip hop, do samba, das culturas populares, do circuto independente, que alimentam hoje centenas de pontos de cultura de todo o Estado fluminense; potnos de cultura que vivem, de forma precária, lutando contra a “sociedade dos cachês”, que lembra muito a economia do futebol, onde há poucos ganhando muito, e muitos ganhando uma miséria. Infelizmente o século XX chegou ao MinC do governo Dilma, com pitadas de D. joão VI: sem lugar para morar, a corte portuguesa, ao desembarcar na cidade do Rio de janeiro, tomou as casas da multidão que produzia o Brasil, e prensou em cima da porta de cada uma delas: Princípe Regente. Logo a multidão traduziu o PR por “Ponha-se na Rua”. Essa é um pouco a sensaçåo que nós, militantes da cultura livre, que produzimos o Brasil, junto com tantos outros trabalhadores que lutam pela sua “independência” e pela criação de um mercado mais justo, estamos nos sentindo: todos postos na rua. Sem açúcar e sem afeto.

Ps: As respostas do texto acima foram totalmente inspiradas nas posições públicas de Giuseppe Cocco sobre o assunto.

2 de fevereiro de 2011